UMA QUESTÃO
DE HONRA
Pr. José Aldoir Taborda
Há um provérbio chinês que diz: “Dinheiro perdido, algo perdido; saúde perdida, muito perdido; caráter perdido, tudo perdido”.
O Jornal do Almoço da TV GLOBO edição de 09.07 veiculou
uma reportagem sobre um casal de moradores de rua que, tendo encontrado 20 mil
reais em moedas, chamou a polícia e entregou o dinheiro, fato que causou grande
admiração nos apresentadores. Interrogados sobre a razão que os levou a
devolver o dinheiro, o mendigo disse: “minha mãe sempre ensinou que não devemos
ficar com o que não nos pertence”. Simples assim!
A atitude de honestidade desses moradores de rua é uma
evidencia de que uma pessoa que possui um caráter provado pode resistir
naturalmente às tentações e provações da vida. A mãe do rapaz, respondendo à interrogação do
repórter, disse: moço, o que meu filho fez foi mais do que obedecer a sua mãe,
foi uma obediência à palavra de Deus, porque é assim que Deus nos ensina a
proceder.
Amigo leitor. Honestidade não se ensina, se vive! Mais do que um
exemplo, aquele mendigo nos mostra o valor da Palavra de Deus na formação do
caráter de um homem.
O apóstolo Paulo escrevendo aos Filipenses nos diz:
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o
que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” . Aquele que mentia,
não minta mais, continuou o apóstolo, antes fale a verdade com o seu próximo.
Nestas palavras apostólicas vemos a definição mais
clara do que é honestidade: Uma qualidade de ser verdadeiro, de não enganar. O
indivíduo honesto é aquele que segue naturalmente as regras morais existentes e
repudia a malandragem, a esperteza.
Precisamos lutar para que as pessoas retornem à prática
da moral e da ética num mundo tão conturbado. Talvez a maior carência em nossa
sociedade é de pessoas cujo caráter possa ser colocado à prova. Precisamos de
pessoas que tenham coragem de manter a dignidade a qualquer preço.
O ensino da palavra de Deus é muito claro, quando diz: Mas,
sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais
qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não;
para que não caiais em condenação (Tiago 5.12).
Sou fruto de uma geração que não precisava assinar papéis.
A palavra tinha valor e a gente empenhava o fio do bigode como sinal de honra.
Infelizmente a honestidade, a vontade de cumprir o que se diz parece não mais
existir, e a verdade, por isso, naufraga nas correntezas da mentira e da
corrupção. Arrependei-vos e convertei-vos, disse Jesus, para que sejam
cancelados os vossos pecados.