domingo, 30 de dezembro de 2012

UMA QUESTÃO ÉTICA





AQUI JAZ 
DONA ÉTICA

  "Aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la" (1Pe 3.11).
   

     Um cristão envolveu-se num acidente automobilístico, onde viu-se claramente que a culpa era sua, ocasionando grandes prejuízos à outra parte. O policial que fez a ocorrência fez os apontamentos necessários e encaminhou o assunto para ser decidido perante o juiz.
       
      O cristão consultou um advogado que era muito astuto e pouco escrupuloso. O advogado revisou cuidadosamente a citação e descobriu um erro de apontamento na data, e, diante do juiz, chamou ao policial como testemunha perguntando-lhe:
- Senhor, onde ocorreu o acidente?
        - Na esquina da avenida Brasil com Coronel Toledo, respondeu.
        - Foi o senhor que preencheu este documento?
        - Sim, senhor.
     - Pode ler, por favor, sua anotação sobre a data e horário da ocorrência?
                - 24 de abril, às 15 horas, leu o policial.
O advogado, virando-se para o juiz, diz-lhe: “Meritíssimo, segundo os apontamentos feitos pelo policial, meu cliente esteve supostamente envolvido num acidente automobilístico no dia 24 de abril, mas lhe asseguro que isso é impossível, pois nesta data o mesmo encontrava-se em outra cidade, como pode observar nestes comprovantes. Peço que arquive o processo”. O juiz não teve outra saída.

Aquele cristão saiu de um apuro devido a um erro de anotação. Ele sabe que é culpado, o policial sabe que ele é culpado, o dono do outro veículo, sabe que ele é culpado, mas ele foi para a igreja dar testemunho de como Deus o livrou.

Isso pode parecer muito inteligente e muito bom para a economia financeira, mas na verdade é algo sujo, traiçoeiro. Jamais pode ser considerado como um testemunho do livramento do Senhor. Assim é o caminho dos ímpios, dos pecadores. Beneficiam-se do nome do Senhor para justificar atos escusos.

Por muito tempo vivi na inocencia de que os crentes são diferentes das pessoas incrédulas, mas descobri que em nossa época o princípio é não ter princípios. A história acima é verídica e muito mais comum do que supomos. 

O que me preocupa é a vulnerabilidade que muitos líderes evangélicos tem demonstrado nesta época quando a bênção principal buscada pelas pessoas é a prosperidade financeira e não mais a salvação dos pecadores. 

Vimos na TV homens crentes recebendo dinheiro claramente de corrupção e orando ainda pelo corruptor, pedindo que Deus o abençoasse mais e mais. Quando vamos aprender que receber dinheiro nem sempre é bênção?

Quando fico pensando no personagem de nossa história, me pergunto: por qual razão ele buscou um advogado inexcrupulosopara ajudá-lo neste momento difícil  em lugar de buscar a ajuda de Deus e cumprir com sua obrigação de ressarcir o prejudicado?

Mas esse tipo de atitude não tem espaço na maioria dos cristãos modernos, numa época em que os valores são desvalorizados, que os princípios não passam de meios para atingir seus fins, que a virtude é apenas força de expressão e a aparencia substitui a prática.

É impossível não lembrar a primeira vez que entrei numa igreja evangélica. Era uma diferença tão grande do mundo em que eu vivia que logo eu senti o desejo de viver assim: longe do pecado, dos vícios, das mentiras, dos namoros impróprios. Lembro que as pessoas choravam por terem pecado. Algumas, envergonhadas, não vinham mais na igreja, e outras vinham chorando arrependidas e pedindo perdão.
      
     Que pena que tudo mudou tanto... a espiritualização ocupou o lugar da espiritualidade, a banalização o lugar da profundidade,  a insinuação o lugar da realidade, a falsificação o lugar da verdade.

É tempo de recomeçar a viver de acordo com os princípios morais ensinados por Jesus. Nós somos sal da terra e luz do mundo, chamados não apenas para sermos diferentes mas para fazermos diferença no meio de uma sociedade corrupta.

Acredito que é possível permanecer verdadeiro num ambiente onde a mentira medra, ser uma ilha no mar da falsidade. Precisamos apenas compreender que estar no mundo não significa ser do mundo e assumir a postura de filho de Deus, inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta.

O apóstolo Paulo disse aos romanos: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.1,2).


Pr. José Aldoir Taborda

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

BALANÇO FINAL



"Que darei ao Senhor em troca de todos os seus benefícios para comigo?
Salmo 116.12

Ao fazer um balanço de sua vida, o salmista compreendeu que Deus tinha muito em haver e que ele agora deveria fazer algo como uma retribuição das bênçãos recebidas.

Esta declaração do salmista é também uma exortação a fazermos um balanço de nossas atividades como povo de Deus no ano que ora finda.

A finalidade de um balanço é descobrir quais atividades deram lucro e quais deram prejuízo, para então imaginar uma nova modalidade de ação, e quem sabe também de atitudes.

O importante em fazer um balanço é a oportunidade de análise e também de auto-análise.

Na análise observamos como se desenvolveu a nossa igreja, nossa família, nosso trabalho; quais coisas funcionaram bem e quais tiveram dificuldades, o que podemos repetir e o que devemos modificar, que coisas deixamos de fazer e devemos retomar.

Na auto-análise observamos nosso comportamento neste processo. De que forma nos permitimos ser usados por Deus e quais coisas devemos melhorar ou mudar.

O certo é que o final do ano é o momento próprio para uma profunda reflexão, para uma retomada da vida, seja nas relações com os familiares, com os irmãos da igreja e em nossa relação com Deus.

A Bíblia ensina que devemos viver de modo digno da vocação a que fomos chamados. Isso significa que nosso caráter dá a dignidade, nosso trabalho revela a nossa vocação.

Qual é a vocação que Deus te deu? Você sente que está vivendo de acordo com esta vocação? Seu estilo de vida tem contribuído para honrar o nome do Senhor Jesus, aumentar a comunhão com os irmãos e aperfeiçoar seu relacionamento familiar? Você já pensou com que propósito vai viver em 2012?

Feche para balanço. Eu já tomei esta atitude. Já estou analisando meus procedimentos e planejando o que farei e como farei no próximo ano. Espero que, apesar de não ter agradado a todas as pessoas, Deus tenha se agradado de mim e me abençoe. Vivo para Deus e desejo o mesmo para cada um.

Creio que, para ajudar em nosso BALANÇO FINAL, devemos iniciar fazendo a mesma pergunta de Davi: "Que darei ao Senhor em troca de todos os seus benefícios para comigo"?

Davi decidiu tomar quatro atitudes práticas. Disse ele:

1o. Tomarei o cálice da salvação, isto é, viverei a salvação que recebi, me alegrarei com ela;
2o.  Invocarei o nome do Senhor, isto é, desenvolverei minha vida de oração de forma adequada;
3o. Oferecerei sacrifícios de louvor, isto é, exaltarei o nome do Senhor por Seus grandes  feitos, mesmo que isso seja por vezes custoso e exija muito de mim;
4o.  Pagarei todos os meus votos ao Senhor, isto é, cumprirei minhas promessas  feitas a Deus nos momentos que lhe pedi algo especial.

No balanço que Davi fez de sua vida ele percebeu que, apesar de tantas bênçãos recebidas (coisas que ele passou muito tempo sem valorizar), ele deveria tomar atitudes práticas, altruístas, modificadoras de sua vida.

E você, ao chegar ao final de mais um ano, que análise pode  fazer? Você pelo menos consegue ver a atuação de Deus na sua vida? É importante tomar decisões, fazer propósitos, estabelecer alvos.

Experimente planejar 2013, e, verás ao final, o quanto Deus tem permitido você realizar. Analise sua vida de acordo com a análise de Davi, quem sabe alguma coisa pode ser útil para você também...

     FELIZ 2013!
Pr. José Aldoir Taborda

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

TUDO É POSSÍVEL



O QUE FAZER, 
QUANDO FAZER PARECE IMPOSSÍVEL?


"Porque para Deus não haverá impossíveis, em todas as suas promessas".  Lucas 1.37


Conta uma antiga lenda que na Idade Media um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. 

Na verdade, o autor era uma pessoa muito influente no reino, e por isso, desde o primeiro momento se procurou um culpado para acobertar o verdadeiro assassino. O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca!


Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo daquela situação. O juiz, que também estava combinado para levá-lo a morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que provasse sua inocência.

Disse o juiz: __ Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte em suas próprias mãos. Vou escrever em um pedaço de papel a palavra INOCENTE, e noutro pedaço a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o seu veredicto. Você decidirá o seu destino.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu a palavra CULPADO, de maneira que, naquele instante, não existia chance alguma para o acusado. Não havia saída. Qualquer que fosse sua escolha, essa o levaria à morte.
O juiz colocou os dois papéis em uma mesa, e mandou que o acusado escolhesse. O homem pensou alguns instantes e, como que pressentindo a cilada, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
        Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.

        __Mas o que você fez, gritou o juiz? E agora? Como vamos saber qual seu veredicto?

    __É muito fácil, respondeu o homem. Basta olhar o outro pedaço que sobrou, e saberemos que engoli o seu contrário. 

Imediatamente o homem foi liberto. 

Essa lenda nos remete para uma realidade que às vezes nos escapa: "não há impossíveis para Deus em todas as Suas promessas"

Frequentemente vejo pessoas desistindo de projetos e até de sonhos ao se depararem com um obstáculo, nem sempre tão difícil de ser removido. Muitos crentes pensam que a aprovação de Deus significa ausência de obstáculo na realização de sonhos ou projetos. Mas não é assim. É preciso entender a voz de Deus, porque perdemos muitas bênçãos por causa dessa interpretação equivocada.

Dez dos doze espias, por  fixarem seus olhos na aparente dificuldade de tomar posse de Canaã chegaram a um ponto tão alto de incredulidade que incitaram a multidão contra Moisés, Josué e Calebe.

Se você tem uma visão de Deus precisa ter coragem de enfrentar os obstáculos que a vida apresenta na  confiança de cumprimento da vontade divina.

Precisamos aprender que obstáculos são apenas isso: obstáculos, pedras no caminho. Para alcançar nossos objetivos precisamos desobstruir o caminho. Pessoas vitoriosas abrem caminhos, entram pelas portas abertas, criam oportunidades, sabem para onde vão e como chegar lá. 

Se acontecer na sua vida de surgir uma situação inusitada como no caso da nossa lenda, quando parecer que não há saída, precisamos lembrar que sempre há uma saída para quem tem Jesus no coração. Moisés estava também aparentemente sem saída na frente do mar Vermelho, tendo atrás de si o poderoso exército egipcio, mas Deus agiu e abriu um caminho no mar. Os discípulos tinham apenas cinco pães e dois peixes, mas com a bênção de Deus alimentaram uma multidão.

Devemos acreditar até o último instante e lembrar que, ainda que algo nos pareça impossível, AINDA TEMOS DEUS! Para ele nada é impossível. Por isso devemos lembrar das palavras do salmista:

 "Entrega o seu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará." (Salmos 37:3)


Pr. José Aldoir Taborda