sábado, 11 de fevereiro de 2012

VENCER




ELA VENCEU
EM ÚLTIMO LUGAR!
   
   1984, Olimpíadas de Los Angeles!

      Sob um sol escaldante, trinta e sete mulheres saíram para a primeira maratona feminina de 42 km. Não tenho a mínima idéia de quem chegou em primeiro lugar, mas jamais saiu de minha memória a cena da suiça Gabriele Andersen chegando... em último lugar.

          Ainda a vejo, com as pernas bambas, lutando para cruzar a linha de chegada. Não havia motivo algum para que ela continuasse, mas, apesar de estar sofrendo, esgotada, cansada, sem orientação, aquele farrapo humano continuava a desfilar cambaleante pela pista, incapaz de desistir, incapaz de se render.

          Conseguiria cruzar a linha de chegada? Faltavam apenas alguns passos e a angústia tomou conta de todo o estádio. A multidão ficou em pé, e eu também, mesmo que estivesse diante de um televisor, em grande expectativa.

          Gabriele estava ali, corpo transfigurado pela dor, tendo, entretanto, o olhar fixo no seu objetivo: cruzar a linha de chegada! . Parecia que iria desmaiar a qualquer momento, mas depois de sete intermináveis minutos ela recebeu finalmente a bandeirada de chegada sendo amparada pelos fiscais. A multidão, inclusive eu, aplaudia freneticamente aquele feito heróico.

          Lembro que naquele dia eu também me sentia um vencedor, tal a emoção que o feito provocou. Não lembro das vencedoras, mas jamais saiu de minha mente a imagem daquela mulher que cambaleante e enfraquecida recebeu a maior honra de toda a Olimpíada e conseguiu colocar uma multidão em pé.            
         O fato é que, neste dia, o conceito de vitória se tornou um pouco abstrato e relativo. Gabriele Andersen consagrou a frase de Edwin L. Cole: “Verdadeiros campeões não são os que chegam em primeiro lugar, são aqueles que nunca desistem”.

         Veja no youtube a reportagem do Esporte Espetacular este momento emocionante, para entender melhor esse acontecimento.

          Na vida cristã é também assim. Muitos dos primeiros serão últimos, e muitos dos últimos, serão primeiros. Haverá uma multidão de irmãos esperando sua chegada, aplaudindo sua perseverança em meio às grandes dificuldades da vida.

         A Bíblia ensina que na carreira da vida cristã, todos são vencedores. Custei a entender isso. Como podemos ser todos vencedores? Podemos porque nossa corrida não é contra pessoas, não corremos para sermos melhores que nossos irmãos, não é uma competição em que nos alegraremos com os que ficam para trás. Nossa corrida é para vencer as astutas ciladas do diabo; corremos contra o deus deste século, para vencer o pecado que tão de perto nos assedia (Hb 12.1), e temos uma grande nuvem de testemunhas a observar se cumpriremos o mandamento de sermos perseverantes.

         Não é preciso ser melhor que seus irmãos para ser vencedor. É preciso vencer, chegar ao final, mesmo que cheguemos mancos ou aleijados (Mc 9.47), pois há alegria e gozo no céu por cada pecador que se arrepende.

         Na vida cristã, tenha os olhos fitos na linha de chegada. Corra segundo as normas para não ser desclassificado, e, embora sejas ferido, magoado, enfraquecido, jamais desista de receber o premio de vencedor.

Pr. José Aldoir Taborda

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Cuidado com o Leão

                  


 
Quem Corre Mais?
José Aldoir Taborda



Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. (Romanos 9.16)

    
             
              Um japonês e um americano estavam em um safári na África. De repente apareceu um leão rugindo para atacar os dois.
              O japonês, calmamente, tirou seus sapatos e calçou tênis de corrida.
              O americano indignado, disse ao japonês: 
              - Você parece bobo, acha que de tênis vai correr mais do que o leão?
              E o japonês respondeu:
              - Não preciso correr mais do que o leão. Só preciso correr mais do que você!
              Parece uma piada engraçada e criativa, mas no fundo isso revela uma filosofia muito corrente a respeito de competitividade.
              Na vida secular a competitividade é o padrão do relacionamento. Vence quem corre mais que o outro, quem é mais esperto, quem é mais capaz. Vence quem só pensa em si, quem é capaz de abandonar o amigo à sua sorte, quem não se importa em pisar nas pessoas.
              Mas na vida cristã não é assim. Nenhuma pessoa é mais importante que outra, melhor que outra. No reino de Deus não há vencedores entre os irmãos. A luta do cristão e conseqüentemente sua vitória é sobre o mundo, sobre o diabo e sobre a carne. É esta a luta que cada um tem de vencer.
               Para ter destaque na vida cristã, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de Deus usar de Sua misericórdia. Só seremos alguma coisa por causa de Deus e a Ele devemos dar glória quando somos vitoriosos, como ensinou Paulo: “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (2Co 10.17)
               O ensino bíblico é que os padrões morais no reino são diferentes do mundo, por isso, quem quiser ser grande e famoso; quem quiser ser o primeiro, deve aprender a servir o seu irmão, não se importando se o outro recebe honra algumas vezes na sua frente.
               Portanto, ao usar seu dom ou sua posição ministerial, não se esqueça do amor, do respeito para com o seu semelhante. Você é bom, mas não é o único bom... Você tem razão nas suas expectativas, mas não é o único a ter expectativas nem tampouco o único a ter razão. Você se sente responsável? Não considere seu irmão irresponsável por causa disso: continue sendo responsável, mantenha-se na presença de Deus e no Seu serviço.
               Devemos sempre lembrar-nos que Jesus, embora sendo Deus, não usou como usurpação o ser igual a Deus, mas se humilhou, assumindo forma humana e vivendo na condição humana, e por fim foi exaltado sobremaneira recebendo um nome que é acima de todo o nome. Ele, sendo mestre, não teve problema em lavar os pés aos seus discípulos.
              Lembre-se: Você pode ser mais rápido, mas isso não significa que irás mais longe. Tudo depende de Deus ser misericordioso com você! Então lembre-se das palavras de Jesus: “amai-vos uns aos outros, como também eu vos amei”!
                   

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES

                         


ASSEMBLÉIA NA CARPINTARIA


De acordo com o Novo Testamento, a comunhão tem a ver com a relação pessoal que os irmãos gozam, primeiramente com Deus e, depois, uns com os outros, tendo por base sua união com Cristo. O escritor de Hebreus nos exorta a que nos consideremos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras (Hb 10.24).

A Igreja é uma comunidade de ajuda. Não apenas necessitamos uns dos outros, mas somos úteis e importantes uns para com os outros e para a realização da obra de Deus.

Nossas diferenças pessoais algumas vezes colocam barreiras em nosso relacionamento cooperativo, mas com a compreensão clara da grande obra que Deus tem dado a cada um, poderemos vencer nossas dificuldades.

Você conhece a lenda da Assembléia na Carpintaria?

Conta a lenda de que na carpintaria houve certa vez uma estranha assembléia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.

        O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo batendo. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse a régua, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora a única perfeita.

        Nesse momento entrou o carpinteiro. Juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, a régua e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
        “Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."

        A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar asperezas e a régua, era precisa e exata. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.

        Ocorre o mesmo com os seres humanos. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca o ponto forte de cada um, florescem as melhores conquistas humanas. É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades, isto é para os sábios.

Amados! O desenvolvimento e crescimento na igreja local à qual pertencemos depende de nossas habilidades e dedicação, mas acima de tudo da compreensão de somos um corpo e devemos esforçar-nos ao máximo para aumentarmos dia a dia a nossa comunhão. A obra que temos por diante é muito grande e só poderá ser realizada com a participação de cada um, pois, com certeza, JUNTOS SOMOS MAIS FORTES.        
Pr. José Aldoir Taborda


sábado, 4 de fevereiro de 2012

COMO SERÁ O AMANHÃ

Como será o AMANHÃ?



Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6.34)

O cantor Lenine tem uma música cujo refrão é: Como será o amanhã/ Responda quem puder/O que irá me acontecer/O meu destino será como Deus quiser. Esta música simples traz uma pergunta que certamente mexe com a cabeça de muita gente:

Como será o AMANHÃ?

Esta pergunta faz-me lembrar de um senhor baixinho, semi-analfabeto e que mancava de uma perna, num dia de chuva, quando eu me recusava ir para a aula porque não tinha sombrinha. Ele colocou seu casaco velho sobre meus ombros, pegou-me pela orelha e levou-me até a porta da escola. Este homem era meu pai! Um homem trabalhador cujo salário, no entanto, era insuficiente para custear nossos estudos, mesmo assim ele disse: “Meu filho, estou fazendo isso porque quero um futuro melhor para você. Quero que você seja estudado e possa dar a teus filhos uma vida melhor do que eu posso dar para vocês”. Chorei naquele dia, mas hoje compreendo muito bem o significado daquelas palavras, e, em outras palavras, meu pai estava pensando no AMANHÃ!

Esta preocupação é muito justa e atinge todas as pessoas, e não apenas os pobres. Embora o Lenine em sua música passe a impressão de que não está ligando muito, na prática, certamente, ele estava tomando todas as precauções para não ter problemas no futuro.

Desde que o homem olhou para o céu e se sentiu impotente diante do infinito a preocupação com o amanhã é a tônica nas conversas diárias, nos planejamentos, e faz parte das preocupações da humanidade.

Os ecologistas se preocupam com a preservação da natureza, os cientistas e tecnólogos com a busca de alternativas em todas as frentes: saúde, segurança, progresso. Ao tentar adivinhar como será o futuro, o homem ao mesmo tempo procura preparar-se para o que virá e busca segurança de que as mudanças terão, no final, o menor impacto sobre o que faz, como vive.

No meio de toda esta busca de solução, surge uma nota de esperança: “amanhã, tudo será diferente”, mas a indagação continua: Como será o amanhã? Não existe, na verdade, sugestão alternativa que transmita segurança.
Será que consultando o horóscopo poderemos ter a resposta correta? Ou quem sabe se consultarmos os “profetas da última hora”, que abundam por aí prontos a fazer vaticínios espetaculares para agradar e atrair as multidões. Isso fará que tenhamos uma garantia de um futuro promissor? Que tal investir na bolsa, jogar na loteria, aplicar em previdência privada, seguro de vida e saúde?
A solução no entanto não está em nada destas coisas. Na verdade a solução é muito simples e está baseada na lei da colheita: nosso amanhã será a colheita do que somos hoje. Nossos atos são a nossa semente, pois está escrito: “aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.

Paulo orienta que se queremos segurança devemos buscar as “coisas do alto, onde Cristo vive”, no entanto o homem está fissurado nas coisas da terra. Mas nós não temos garantia nenhuma de que vamos estar vivos ainda amanhã. Quem é que garante o teu futuro? O profeta Jeremias viu a desgraça do povo e exclamou: “passou a sega, findou e verão, e nós não estamos salvos” (Jr 8.20). A vida e a riqueza terrena não têm durabilidade para sempre.

Quer saber como será o amanhã? Para o mundo, para você e para a sua família, o amanhã será melhor se você for melhor. E você será melhor se aceitar o plano de Deus para a sua vida (Sl 37.5).

Algumas pessoas vivem como se a vida terrena não tivesse fim, por isso não se preocupam com nada. Outros agem como se a vida terrena fosse o fim de tudo, razão pela qual somente se preocupam com as coisas da terra. Mas existe uma cidade que nos espera na eternidade e Paulo nos orienta a juntar tesouros no céu, onde nem a traça ou a ferrugem podem consumir, e onde os ladrões não podem roubar.

Como garantir o futuro? A Bíblia ensina que devemos conservar o nosso espírito, alma e corpo íntegros para o dia de Cristo. Perceba que a ordem bíblica das prioridades é diferente do pensamento humano. Nós dizemos corpo, alma e espírito. O cuidado espiritual fica por último, por isso a vida está concentrada naquilo que se relaciona com a terra. Porém, seguindo o ensino bíblico, tudo será diferente. Se dermos prioridade para as coisas do espírito, as questões da alma (frustração, ansiedade, medo, insegurança) serão vencidas e, com a alma tranqüila, esta poderá cuidar melhor do corpo e tudo aquilo que se relaciona com o corpo como a natureza, o meio ambiente, as pessoas.


Como será o amanhã? Se quiseres segurança, entrega tua vida a Jesus, que Ele cuidará de você. Portanto, hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureça os eu coração.



obs: Texto publicado em dezembro 2011 na revista "Protestante Digital" no Blog Esperança

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

POEMAS DE OLAVO BILAC

A Borboleta
por Olavo Bilac

Trazendo uma borboleta,
Volta Alfredo para casa.
Como é linda! é toda preta,
Com listas douradas na asa.

Tonta, nas mãos de criança,
Batendo as asas, num susto,
Quer fugir, porfia, cansa,
E treme, e respira a custo.
Contente, o menino grita:
“É a primeira que apanho,
Mamãe!vê como é bonita!
Que cores e que tamanho!

Como voava no mato!
Vou sem demora pregá-la
Por baixo do meu retrato,
Numa parede da sala.”

Mas a mamãe, com carinho,
Lhe diz: “Que mal te fazia,
Meu filho, esse animalzinho,
Que livre e alegre vivia?


Solta essa pobre coitada!
Larga-lhe as asas, Alfredo!
Vê como treme assustada...
Vê como treme de medo...

Para sem pena espetá-la
Numa parede, menino,
É necessário matá-la:
Queres ser um assassino?”

Pensa Alfredo... E, de repente,
Solta a borboleta... E ela
Abre as asas livremente,
E foge pela janela.

“Assim, meu filho! perdeste
A borboleta dourada,
Porém na estima crescente
De tua mãe adorada...

Que cada um cumpra a sorte
Das mãos de Deus recebida:
Pois só pode dar a Morte
Aquele que dá a Vida.”



A Vida
por Olavo Bilac

Na água do rio que procura o mar;
No mar sem fim; na luz que nos encanta;
Na montanha que aos ares se levanta;
No céu sem raias que deslumbra o olhar;

No astro maior, na mais humilde planta;
Na voz do vento, no clarão solar;
No inseto vil, no tronco secular,
— A vida universal palpita e canta!

Vive até, no seu sono, a pedra bruta...
Tudo vive! E, alta noite, na mudez
De tudo, – essa harmonia que se  escuta

Correndo os ares, na amplidão perdida,
Essa música doce, é a voz, talvez,
Da alma de tudo, celebrando a Vida!






DEUS

por Olavo Bilac

Para experimentar Octávio, o mestre
Diz: “Já que tudo sabe, venha cá!
Diga em que ponto da extensão terrestre
Ou da extensão celeste Deus está!”

Por um momento apenas, fica mudo
Octávio, e logo esta resposta dá:
“Eu senhor mestre, lhe daria tudo,
Se me dissesse onde é que ele não está!”



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

POESIAS DE REFLEXÃO

       O TEMPO

Deus pede hoje estrita conta do meu tempo
E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas como dar, sem tempo, tanta conta
Eu que gastei sem conta tanto tempo?

Para ter minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado e não fiz conta.
Não quis, tendo tempo, fazer conta.
Hoje quero fazer conta e não há tempo.

Oh! Vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo em fazer conta.

Pois aqueles que sem conta gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão, como eu, se não der tempo.

Frei António das Chagas (Portugal 1631-1682)



Oração



Eu sei, Senhor, que não mereço nada
mas ponho em tuas mãos humildemente
meu coração que sofre. E, resignada,
minh’alma guarda, confiante e crente.

Quando eu chegar ao termo da jornada
em que a Morte, emboscada, espera a gente,
tem pena de minh’alma amargurada,
vê que eu também sou filho – e sê clemente.



Perdoa-me, meu Deus, se eu sou culpado,
se tanto crime fiz, tanto pecado,
que hoje choro contrito, - e dá, Senhor,

que no coro glorioso, que te exalta,
no céu profundo, não se sinta a falta
de minha voz cantando o teu louvor

Medeiros e Albuquerque ( 1867 - 1934)


 Ser crente
Mário Barreto França


Ser crente é descansar, num Deus que é caridade,
A esperança que alenta e a 
 que nos redime;
É sentir dentro d'alma essa doce vontade
De semear o bem, de combater o crime...

Ser crente é refletir de Jesus a humildade
Para os outros vivendo em renúncia sublime;
É ter sempre um consolo à dor que ao peito invade,
É ter sempre um conforto à tristeza que oprime...

Ser crente é conquistar para Deus que perdoa,
De uma existência má para uma vida boa,
O coração que sofre ao peso de um labéu.

Ser crente é possuir como prêmio fecundo
O encanto de viver e ser 
feliz no mundo,
A glória de morrer e ser feliz no céu.