sábado, 12 de maio de 2012

MÃE


 A MISSÃO DE MÃE

 

 Era madrugada quando aquele jovem chegou em casa.  Entrou na ponta dos pés para não acordar ninguém. Ao aproximar-se da cama ouviu um movimento  no quarto ao lado e percebeu que sua mãe levantava.  Deitou-se apressadamente sem tirar a roupa, tampouco os sapatos. A seguir ouviu a voz de dona Erondina,  orando a Deus: “Senhor,  estou outra vez na tua presença para pedir que abençoes meu filho. Tem misericórdia da vida dele e não permita que ele se perca em más  companhias. Dá-lhe uma nova vida e faz dele um rapaz direito e abençoado!”

Aquela simples mas sincera oração comoveu o jovem. A notar que ela se aproximava da cama, ele fechou os olhos e permaneceu imóvel: o carinho e cuidado de sua mãe não terminaram com uma oração. Ela aproximou-se da cama, ajeitou as cobertas, e ao perceber que ele ainda conservava suas roupas, não conteve um comentário doce: “pobre do meu filho, chegou tão cansado que nem conseguiu tirar o sapato”. Ajeitou mais uma vez o travesseiro pousando a mão quente em sua cabeça e orando: “Deus te abençoe, meu filho!” Noite inesquecível aquela... após aquela noite, sua vida jamais foi a mesma. Como esquecer tanto carinho e amor?
Dona Erondina era minha mãe! Já descansa na glória com Jesus, mas jamais esquecerei aquela oração, que descobri mais tarde, era um hábito diário.

Minha mãe foi uma excelente mulher para o seu tempo. E se alegrava com tão pouco. Nós não tínhamos dinheiro para fazer festa, mas no dia das mães recitávamos poesias e lhe dávamos flores e abraços. Ela ficava tão feliz e esquecia todo o sofrimento do dia a dia.
Com a doce lembrança de minha mãe, quero homenagear todas as mães de nossa cidade, da igreja Batista Independente onde congrego e as muitas mães que se consideram um pouco minha mãe também, pois cuidavam de mim, de minhas roupas, quando me hospedavam em sua casa.

As mães de hoje mudaram seu perfil. Elas carregam um novo desafio. Algumas delas açoitadas pelos laços do tempo, feridas pela falta de carinho, ainda assim carregam na alma a alegria de cumprirem sua missão de mãe.
Hoje a multiplicidade de tarefas de uma mãe, o fato de precisarem enfrentar o mercado de trabalho, deixa-lhe pouco tempo para desfrutar dos filhos, e algumas sofrem desprezo, incompreensões e até abandono daqueles a quem mais ama.

O apóstolo Paulo fala que a mulher tem a missão de ser mãe... que missão sublime, carregada de responsabilidades mas repleta de amor.
Ainda que possamos admitir que existem muitas mulheres que não levam a sério seu papel no mundo, devemos sempre reverenciar aquelas que possuem coragem suficiente para ostentar com dignidade e amor incomparáveis o sagrado título de MÃE!

Criar filhos não é brincadeira! Por isso considero todas as mães como heroínas porque tiveram coragem de arriscar tudo pelo prazer de cumprir com essa missão inata.
Por isso hoje quero reverenciar todas as mães que estão vivas e que carregam muitas vezes a grande tristeza de serem rejeitadas por seus filhos, ou de verem seus filhos caídos nas  drogas e nos vícios. Mulheres que amam, que oram, que choram.

Filho, o comércio diz que você deve dar um belo presente pra sua mãe no seu dia... mas saiba que o maior presente é tua volta pra casa, é teu abraço, teu carinho. O maior presente é o teu respeito, o teu beijo, a tua reverencia. O maior presente é a tua presença...
Pense nos conselhos bíblicos dado por Salomão: "Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe, Provérbios 1:8
Já vi muitos filhos desprezarem sua mãe por causa da aparência ou da pobreza que eles tentam esconder. Não cause esta dor para sua mãe, pois ela deu a vida por você, se esforçou para você ter um título, ser um doutor...
Se alguém deseja ser feliz e abençoado no mundo, honre seu pai e sua mãe...
Neste dia das mães, pense nela... dá-lhe um abraço e um beijo... se puderes, dá um presente, mas, esteja presente.

Pr. José Aldoir Taborda